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Por Winston
Cólera rima com gripe A? Para Les Sales Mômes (Os Pirralhos), sim; e foi um bom pretexto para a dupla revisitar [versão punk] a canção de Louise Michel interpretada por Aristide Bruant.
Na verdade as palavras da anarquista Louise Michel (1830-1905) não sofreram qualquer alteração significativa.
Afinal, da cólera à gripe A, são sempre os mesmos a encherem os bolsos, as corporações farmacêuticas, lobistas do setor e especuladores de todos os tipos.
Os ratos de biblioteca recuperarão a letra original de "Viva a cólera!" no livro "Louise Michel, pela vida e morte" (Coleção Atas e Memórias do Povo, Edições François Maspéro, 1982), publicação onde Daniel Armogathe e Marion Piper reuniram a obra poética de Louise, a rebelde.
Após ter sido (en)cantada por Aristide Bruant e Marc Ogeret, a versão original será incluída no "Viva a cólera!", o disco de Éric Mie, a ser lançado brevemente, onde se ouvirá também "uma canção sobre Louise Michel".
Para fazer eco, ouvir e ver a performance hilariante com Les Sales Mômes, aqui vai o link da versão atualizada e multivitaminada da canção "Viva a cólera!"
http://www.youtube.com/watch?v=spwcVTRWj3M
Febris... seguimos!
Vivaa a gripe A!
Parece que se espera a gripe A
A coisa é positiva,
Ninguém sabe quando ela virá
Mas sabe-se que ela se aproxima.
R e f r ã o
Vivaa a gripe A, Vivaa a gripe A
Vivaa a gripe A que chegará
De uma à outra margem
Todo o mundo pegará
Os farmacêuticos repetem
Ela vem, é certo
Comprem-nos desinfetante
O sulfato de cloreto
R e f r ã o
O sacristão e abades
Repetem as cantigas
Para atrair os mac`abeados
Nas suas sagradas lojitas.
R e f r ã o
Reúnem-se capitais
prós enterros e velórios
Vender-se-ão à farta caixões
À porta dos cemitérios
R e f r ã o
Todas as manhãs antes do meio-dia
Numa fossa imensa
Apanhar-se-ão os resfriados
Que engrossarão a doença
R e f r ã o
O bom Deus do "Sagrado Coração"
canta "com todos" a sua clique
E os fanáticos assumem o refrão
Cravem "La Republique"!
R e f r ã o
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
O dia já tarde
festeja a alegria
nas bolhas do guaraná
Winston